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quinta-feira, dezembro 31, 2009

2010 - quase quase...

O que desejamos para 2010?
Que se pense antes de agir. Pensar nos outros, pois todas as acções têm reacções.
Que se enfrentem os desafios como futuras conquistas.
Que se vivam os dias intensamente.
Que as actividades sejam brilhantes nas suas filosofia e concretização.
Que os esforços tenham sempre um objectivo concreto.
Que a meditação faça parte dos nossos dias.
Que a paz seja conquistada.



E a propósito da meditação e do contacto com o nosso EU, lembrei-me de um texto que li há uns dias na internet.

"A ÉTICA PROFISSIONAL COMO TRADUÇÃO DO AMOR"

Prof. Emerson Barros de Aguiar, doutor em Filosofia pela Universidad de Zaragoza (Espanha), Escritor e Professor Universitário em João Pessoa (PB).

"Alguém pode não saber ler ou nunca ter ouvido falar de ética, mas só será feliz se for ético. Ética não é uma condição que a gente tem de atender para agradar a empresa ou ao chefe; não é recitar códigos ou doutrinas. Ética é o que fica da vida que levamos, das coisas que fazemos todo dia, agora; é o saldo que resta em nosso coração das ações que praticamos.

Não se pode aprender ética apenas em livros ou em aulas e, menos ainda, em palestras. Ela está lá no Evangelho de Jesus: no Sermão da Montanha e em muitas outras passagens. Mas não é difícil encontrar a ética dentro de nós, saber o melhor caminho a seguir.

A felicidade de comercial não é sustentável. A satisfação dos cartões de crédito, do consumo, dos vícios ou da corrupção... A felicidade que tira dos outros, diminui muito mais de nós mesmos. Isto não é moralismo, não é pieguice, é realidade! “Ignorante” é o nome dado por Sócrates a quem ainda não sabe disso. Todo mundo vai descobrir que o mal não vale a pena, que o egoísmo não constrói nada, só estraga, destrói. De uma maneira ou de outra vai descobrir isso.

A boa vontade será a melhor maneira e a decepção, a pior... Não precisamos sofrer tanto para aprender que a vida é muito mais ajudar e compartilhar do que competir, ferir e derrotar. Quem tem o coração cheio de amor, tem ética, naturalmente.

Ética é não estar preocupado com a reputação, mas com o caráter.

O comportamento espontâneo, generoso e fraterno, é ético.

Quando a ética não é uma escolha, mas um dever imposto pela consciência, isto é ética.

Quando estamos empenhados em dar o melhor de nós e não em sermos os primeiros, isto é ética.

Quando nos esforçamos para ter bondade e não para aparentar bondade, isto é ética.

Quando o cuidado com os sentimentos dos outros lapida a dureza das palavras, isto é ética.

Quando olhamos para os outros e nos colocamos no lugar deles, quando vemos Deus nos outros, isto é ética.

Quando perdoamos, deixando espaço livre na nossa memória para paisagens de ternura e humanidade, isto é ética.

Quando descobrimos uma qualidade nova em alguém de quem não gostamos, isto é ética.

Quando identificamos em nós algum defeito e enxergamos como a vida é maravilhosa, isto também é ética.

Quando não nos vingamos de quem nos prejudicou, mesmo tendo a oportunidade ideal, isto é ética.

Quando olhamos os filhos dos outros como nossos próprios filhos e os empregos dos outros como o nosso “ganha-pão”, isto é ética.

Quando sabemos que o dinheiro, o conforto, a posição ou o status de que desfrutamos são apenas privilégios e não direitos, pois podem nos ser tirados a qualquer momento pelo infortúnio, pelo imponderável ou pela morte: isto é ética!

Quando aquilo em que acreditamos não é expresso como uma declaração de princípios, mas sai da nossa boca como poesia, isto é ética!

Quando somente conseguimos conspirar pela felicidade dos outros, isto é ética.

Quando sabemos que o amor pela pedra, pelo inseto, pela planta, pela brisa e por todas as coisas, que a ação em benefício de alguém que nem conhecemos e que a gratidão pela vida são tesouros permanentes, isto é ética.

Quando sentimos que o amor invadiu cada sílaba que pronunciamos, cada lembrança, cada gesto, olhar e tarefa, enfeitando o templo do coração com as flores do bem, isto é felicidade..."

NOTA:
A Meditação é um estado que promove auto-conhecimento, pois reconhece como mutável os padrões de comportamento, crenças e valores internos adoptados pela sociedade, educação e familiares. E também é um estado que reconhece como imutável a serenidade natural do Ser por trás de todos pensamentos, sentimentos e sensações.

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Ondas aquáticas ecológicas

Círculos cheios de energia para um novo ano cheio de concretizações.
Muita cor e muita alegria no meio de uma sementeira de arco-íris em pneus.
Foi bom rever este grupo.
Foi bom trabalhar de novo com eles.
Querem ver como foi?

terça-feira, dezembro 29, 2009

Mais formações no CEA

Porque devemos sempre saber reagir em caso de emergência!

Festa de Natal em Lever

Olhem os meus amiguinhos de Lever na sua festa de Natal.
Já foi no dia 18, mas só hoje encontrei as fotografias.
É tão bom vê-los tão felizes...



Querem dar uma pequena olhadela à festa?

segunda-feira, dezembro 28, 2009

A Batalha de Natal

— Só mais seis dias — disse Neli.
Enquanto a filha tentava assobiar Noite Feliz, a mãe repetiu, pensativa, numa voz que não soava alegre:
— Ainda seis dias.
Após uma curta pausa, prosseguiu, suspirando:
— Se tudo já tivesse passado!
Com o assobio suspenso no ar, Neli olhou para a mãe com ar estupefacto:
— Não estás contente?
— Claro que sim, mas já estou pelos cabelos com esta agitação toda!
Como Neli não tinha aulas à tarde, foi patinar com uma amiga. Ao cair da noite, dirigiu-se ao supermercado onde a mãe trabalhava. Havia tanto movimento que o lugar mais parecia uma colmeia. A mãe estava sentada numa cadeira giratória, diante de uma das seis caixas registadoras. Os produtos chegavam-lhe num tapete rolante. Enquanto a mão direita marcava os números no teclado, a mão esquerda rodava as embalagens para que a máquina pudesse ler os códigos. Finda a operação, os produtos eram colocados, um a um, no carrinho de compras. Quando acabava de marcar tudo, a mão direita carregava na tecla do total e rasgava o talão, enquanto a esquerda afastava o carro cheio e puxava o próximo, vazio, para junto dela.
— Que bem fazes isso — dissera-lhe Neli uma vez. — Eu faria tudo devagar e, ainda por cima, metade saía mal.
— Ora — dissera a mãe a rir. — É uma questão de treino. Quando comecei, também não era assim tão despachada. Não encontrava a etiqueta com o preço e, muitas vezes, carregava nas teclas erradas. Como tinham de esperar, as pessoas resmungavam. Agora já quase consigo fazer isto automaticamente.
— Como um robô! — Neli riu-se.
E se tivesse um robô como mãe? Nunca teria dores de cabeça, nem à noite estaria tão cansada. Mas um robô não tem coração e, por isso, Neli preferia a mãe tal como era, mesmo quando, em certas noites, quase nem conseguia falar de tão cansada!
Só mais quatro dias.
Só mais três.
As filas nas caixas eram cada vez mais longas. As pessoas abasteciam-se de comida como se o Natal durasse meio ano. Com um ruído sibilante, as portas automáticas abriam e fechavam, abriam e fechavam. A mãe sentia nas costas a corrente de ar e os cartões pendurados no tecto balançavam de um lado para o outro.
Um sino de Natal, por cima da cabeça da mãe, tinha escrito a vermelho: PROMOÇÃO: Bombons, 250 gr, a preço especial.
Perto dele balançava um anjo de papel com uma faixa nas mãos, como nas igrejas, mas onde não estava escrito Paz na terra aos homens de boa vontade, mas sim Fiambre para o Natal a 15,80€/kg.
Os altifalantes debitavam música de Natal:
Noite feliz…
Cabeça de anho
Noite feliz…
Descafeinado
Papel higiénico de três folhas
O Senhor…
Lenços com monograma
Mostarda
Nasceu em Belém…
A mãe suspirava e, com um movimento rápido, limpava o suor do lábio com as costas da mão. Os clientes, impacientes, esperavam, apoiando-se ora numa, ora na outra perna. De olhar ausente, nem olhavam para a senhora da caixa, pensando apenas no regresso a casa com os sacos pesados e o eléctrico cheio.
Ufa!
Só mais três dias, e acabaria tudo.
— Vou fazer um jantar como o do ano passado — disse a mãe, à noite, virando-se para Neli. — Patê em folhas de alface, porco assado, batatas fritas, feijão e, para sobremesa, creme de chocolate de lata com peras.
No dia 24 de Dezembro, a loja só estava aberta até às quatro horas da tarde. Em seguida, os empregados podiam comprar, com um desconto de 15%, os produtos que tinham sobrado. A mãe de Neli achava que valia a pena e, por isso, tinha guardado as compras maiores para essa altura: uma pasta escolar para Neli, uma boneca, lápis de cor, um anoraque para o pai, e a comida para a ceia de Natal.
Na sala do pessoal, houve um lanche para todos os empregados.
— A batalha de Natal foi mais uma vez vencida — alegrou-se o chefe do pessoal, que proferiu mais umas palavras elogiosas.
Depois foram servidos pãezinhos com fiambre e um copo de vinho a cada um.
Após o lanche, a mãe de Neli deixou ficar os gordos sacos de compras esquecidos na sala do pessoal. Só reparou quando já estava na paragem do autocarro. “As minhas prendas! Todas aquelas coisas boas para a ceia!”, pensou assustada.
Mas a loja já estava fechada e, antes do dia 27, não voltava a abrir. Chegou a casa de mãos vazias.
Nessa noite, apesar de tudo, festejaram o Natal. O pai acendeu as velas da árvore de Natal e Neli recitou um poema. Só se lembrou das duas primeiras estrofes e depois encravou, mas a mãe achou-o muito bonito e o pai nem reparou que ainda continuava. O jantar foi mais curto do que o planeado. Por sorte, a mãe já tinha comprado o assado e havia batatas em casa, mas não houve entrada nem sobremesa. Trincaram nozes e comeram maçãs.
— Assim, não fico com o estômago tão pesado como no ano passado — disse o pai. — Comidas pesadas não me caem bem.
Também não havia muito que desembrulhar.
Por isso, sobrou tempo. Muito tempo.
Neli foi buscar o jogo “Memory” que recebera no Natal anterior. Durante o ano inteiro, esperara, em vão, todos os domingos, que alguém tivesse tempo para jogar com ela.
Agora, os pais tinham tempo.
O pai nunca tinha jogado “Memory”. Ao fim de algum tempo, Neli já tinha encontrado sete pares de cartas, a mãe três, e o pai, que geralmente queria ganhar sempre, procurava constantemente no sítio errado.
Tentava alguns truques, pondo, sem ninguém dar conta, migalhinhas de pão em cima das cartas que tinha decorado, ou pousava as mãos na mesa, de forma a que o polegar indicasse a direcção em que estava uma determinada carta. Mas Neli descobriu-lhe a jogada. Jogaram mais duas ou três vezes e o pai não se zangou por perder sempre. Depois, ainda jogaram o jogo do assalto.
À meia-noite, o pai apagou a luz e ficaram a olhar pela janela. A neve reflectia uma luz clara e ouviam-se os sinos a tocar.
— A esta hora, há quase dois mil anos, nasceu Jesus — disse a mãe, e Neli reparou que, afinal, a mãe estava contente por ser Natal.
Ao ir para a cama, Neli disse:
— Este foi um Natal muito bonito.
— A sério? — perguntou a mãe, admirada. — Mas não houve ceia nem prendas quase nenhumas.
— Mas houve muito tempo — respondeu Neli.

Jutta Modler (org.)
Brücken Bauen
Wien, Herder, 1987
(Tradução e adaptação)

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Ontem a Liliana viu um texugo! Não conseguiu fotografá-lo...
A cápsula do tempo foi aberta e os insectos estiveram cinematográficos!
Ainda houve tempo para se fazer enfeites de natal.

terça-feira, dezembro 22, 2009

Não há mau tempo que afaste os nossos visitantes!

Mas o facto é que o mau tempo está aí!

Mau tempo em Rio Tinto

Metro do Porto - Estudo de impacte ambiental viabiliza traçado à superfície ou enterrado no Parque da Cidade (Expresso.pt)

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Fim de semana em grande!

Com cheiro a canela e sabor a chocolate.
As princesas dançaram no mundo azul dos bebés.
Os lápis coloriram ao som de músicas de ídolos.
As respostas atropelaram as emoções de ganho ou perda.
Os embrulhos animaram os corações cheios de ansiedade.

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Será que o mistério foi revelado a estes visitantes?

A ETA de Lever é um ícone no que respeita à tecnologia e aos processos usados na limpeza de água para consumo humano. Prova também é a quantidade de visitantes que vêm cá!

Preparativos de Natal

Nestes dias temos vindo a preparar o nosso Natal aqui no CEA.
Enquanto isso, as nossas sementeiras vão dando um ar da sua graça:

sementeiras

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Olha 'pra nós na TV "internética"

Lembram-se de eu vos ter dito que a DouroVerde TV esteve no CEA para gravar uma reportagem?
Aqui está o resultado!

Foram umas horas divertidas, como sempre o que se faz no CEA!

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Universidade Fernando Pessoa visitou a ETA de Lever

Como se lida com um grupo tão interessado naquilo que é falado no decorrer da Acção de Educação Ambiental?
Também com muito interesse, é claro!
Aqui no CEA não se pensa que se sabe tudo. Na verdade, aprende-se todos os dias. E com este grupo não foi diferente.
Fantásticos, pois.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Fomos dentro!

Mas foi só para os sensibilizar para o consumo sustentável da água.
Foi muito agradável e em nome da Liliana, da Raquel e da Sandra, posso dizer que aprendemos muito com esta acção.

Oficina de Construção de Presépios de ontem

E a propósito de presépios ecológicos, vejam estes criados por João P.V. Costa. No que os pinheiros e sobreiros se podem transformar! Explorem o resto do site deste senhor. São objectos tão naturais e tradicionais que vale a pena ver todas as fotografias em pormenor.

Ontem foi o último dia desta oficina e não posso deixar de agradecer ao Sr. Carlos os seus ensinamentos e a sua arte.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Troca de sementes

Aqui está uma bela ideia: troca de sementes!
No Brasil, no Vale de Ribeira, em Julho, decorreu a feira de troca de sementes. Aqui fica o descritivo:

Neste final de semana, nós do Slow Food São Paulo temos encontro marcado na cidade de Eldorado. É que lá vai acontecer a II Feira de Troca de Sementes e Mudas das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira. Na primeira feira, realizada no ano passado, foram expostas mais de 100 variedades de produtos, incluindo feijão, arroz, milho, abóbora, amendoim, café, mandioca, batata, cana, cará, taioba, banana, mamão, fruta do conde, juçara e plantas medicinais.
Nosso colega de Slow Food, Luca Fanelli, faz parte da organização do evento, que é aberto ao público, e por isto incluiu na programação uma atividade especial para nosso grupo. Vamos conhecer, no sábado à tarde, dia 11, a Comunidade Quilombola Ivaporunduva. Dormiremos lá e na manhã seguinte vamos ver a produção orgânica de bananas e ainda visitar o quilombo Nhunguara na mesma região.
Abaixo, o convite e a programação da feira, aberta ao público
As Associações quilombolas do Vale do Ribeira e o Instituto Socioambiental convidam para a II Feira de Troca de Sementes e Mudas das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira que acontecerá em Eldorado (SP), no dia 11 de julho de 2009, sábado, a partir das 9 horas, na Praça da Matriz.

Participantes (produtores) previstos: 100, de 18 comunidades

Programação

9h - Abertura da Feira, com troca entre os representantes das comunidades e venda para visitantes

10h - Início dos eventos culturais, que irão acompanhar a Feira, entre eles: dança “fandango” da comunidade de Morro Seco, cantigas das comunidades de Pedro Cubas e Ivaporunduva, roda de capoeira, puxada pela comunidade de Mandira.

12h30 - Almoço com produtos das comunidades, gratuito para os representantes das comunidades e preço simbólico para os visitantes

16h - Encerramento

Como chegar

De carro: Pegar a BR 116 rumo a Curitiba. Na altura de Jacupiranga, entrar na SP 193, em direção a Eldorado - Caverna do Diabo - Iporanga. Logo se chega a Eldorado. Distância de São Paulo: cerca de 242 km. Tempo estimado de viagem: 3 a 4 horas.

De ônibus: Viação Intersul, do Terminal Barra Funda. IDA: 06:30, 13:00, 16:00, 18:00. VOLTA: 05:20, 07:30, 09:30, 14:50. Tempo estimado de viagem : 5 a 5h30.


Aqui, podem ver o vídeo sobre o que se passou por lá.
Bem gostava de ter participado...

O Primeiro Natal em Portugal - Clube de Contadores de Histórias

É véspera de Natal. Mas não para Irina. Para ela só será Natal a 7 de Janeiro, quando as aulas tiverem recomeçado.
A mãe aproveita umas horas extra, na pastelaria, para preparar fornadas de bolos-reis.
O pai, antes de sair, marcou-lhe páginas e páginas de trabalhos de casa. É preciso, para poder acompanhar os colegas,
Folheando o dicionário, a pequena ucraniana procura as palavras portuguesas que há-de escrever em frente das que tão bem conhece.
ОЛiВЕДЬ — lápis
ЗОШИТ — caderno
КИГА — livro
ШКОЛА — escola
Tudo diferente! Até o abecedário... Na escola, os outros fazem pouco dela e chamam-lhe “língua de trapos”. Que quererá isso dizer?
Vai à página 190, logo em seguida à 293. Era de calcular...
Tem, no entanto, orgulho em ser a melhor a matemática. Ninguém a bate em contas. Quando a professora entrega os testes e lhe dá vinte, há sempre um grupinho irritado que, no recreio seguinte, se junta, numa roda, à sua volta, cantarolando:
 
Irina, Irina, Irina,
Que menina tão fina!
Tem cara cor de sal,
Olhos cor de piscina.
Cabelos cor de margarina.
Ai, doem-te as saudades?
Vai tomar aspirina.
 
Na Ucrânia deixou tantos amigos...
 
Evita aqueles olhos escuros que se fixam nela, uns curiosos, outros trocistas, outros indiferentes.
Sente-se como uma extraterrestre. Porque é que os pais a mandaram vir?
Isola-se no recreio, a um canto, tentando desvendar a algaraviada das conversas. Às vezes, o Afonso murmura-lhe ao ouvido um segredo:
— Pareces uma fada!
E foge logo a correr.
Que palavrão será “fada”? Nem vale a pena procurar no dicionário. Algumas palavras que lhe dizem nem sequer lá vêm. A princípio ainda perguntou à mulher da limpeza o que significavam mas ela empurrou-a com a esfregona.
— Ordinária! Estes imigrantes mal sabem falar mas fixam logo a porcaria... Porque não voltam para o sítio de onde vieram?
Com lágrimas nos olhos, Irina vai agora à janela e vê as luzinhas acender e apagar nas árvores despidas. Por trás das paredes deslavadas das velhas casas, decerto se celebra a consoada. Como será?
Doze pratos se punham na mesa de festa no Natal da sua terra. Uma em memória de cada apóstolo.
É Natal em Portugal. Que interessa? A família está dispersa. A mãe a fazer bolos-reis que não vai provar porque para os ortodoxos é tempo de sacrifício e jejum. O pai lá anda, na construção civil. Como mais ninguém queria trabalhar na noite de 24, foi, sozinho, pintar um café que está a ser remodelado, ao fundo da rua. Os dois irmãos mais novos ficaram em Priluki, lá longe, com a avó.
Irina aquece a sopa e arranja uma sandes de queijo. Como pesa o silêncio!
De repente, sente um grito abafado no andar de cima. Algum assalto? Alguém que caiu? Não sentiu passos nem o baque de uma queda...
Com o coração a bater, põe-se a espreitar pelo óculo. Nada!
— Acudam! Acudam!
Mais ninguém se encontra no prédio. As lojas do rés-do-chão estão fechadas, os vizinhos do primeiro andar foram de férias. Por cima, na mansarda, mora uma rapariga nova, gorda, pálida.
Irina abalança-se a subir. A porta encontra-se apenas encostada e a miúda entra, a medo. Já ninguém grita. Um gemido fraco ecoa ao fundo do corredor.
Haverá feridos? Tem horror ao sangue. Por um momento, pensa em voltar para trás. Mas prossegue, pé ante pé, até ao quarto.
Deitada na cama, a moça, que ela conhece de vista, geme, agarrada à barriga enorme. Irina aproxima-se, repara que está alagada em suor.
— Ladrão atacar tu? Estar doente?
Tremendo, a outra responde:
— Chama o 112. O bebé vai nascer.
Que será o 112? Estará ela a delirar? Quase desfalece.
Então Irina precipita-se pela escada abaixo. A rua encontra-se deserta. Não conhece ninguém nas redondezas. Corre até ao café onde o pai está a pintar paredes.
— Pai, pai! — grita ela.
Anton desce do escadote, pousa o rolo, inquieto ao ver a filha naquela aflição.
— Que foi? Aconteceu alguma desgraça?
Mal sabe o que se passa, marca um número no telemóvel, dá a morada, pede urgência. Segue-a em passo apressado. Sobre eles desaba uma chuva gelada. Ficam com os cabelos a escorrer, encharcam os sapatos nas poças que, num instante, se formam.
Chegados ao prédio, o ucraniano galga os degraus dois a dois, entra sozinho no quarto da vizinha. A filha fica à espera.
— Irina, ferve uma panela de água. Traz-me um frasco de álcool, uma tesoura, toalhas.
A miúda obedece, confusa.
— Traz-me roupa lavada, para me mudar!
O pintor despe o fato-macaco, sujo de tinta e de pó, na casa de banho, enfia uma camisa branca, umas calças desbotadas. Esfrega as mãos e a tesoura com álcool.
— Irina, a água já ferve?
De novo no quarto, fala pausadamente com a rapariga, em voz alta. Ouve-se tudo cá fora.
— Força! Coragem! Está quase...
De súbito ouve-se o choro de um bebé.
— Entra, Irina — diz, pouco depois, o pai. — Vem ajudar. Já és crescida.
Entrega-lhe o recém-nascido.
A rapariga, na cama desalinhada, sorri.
— Embrulha-o num xailinho. Está na gaveta do meio.
Irina aconchega aquele corpo tão pequenino e frágil. Embala-o devagarinho, como fazia com as bonecas. Uma minúscula mãozinha aperta então o seu polegar.
O alarme de uma ambulância apita. Pára à entrada do edifício. Duas enfermeiras precipitam-se pela porta dentro.
— Então, viram-se atrapalhados? Um parto faz sempre confusão, principalmente aos homens.
— Sou médico — confessa o ucraniano. — Mas, em Portugal, ando nas obras...
As enfermeiras cruzam um olhar subitamente triste. Examinam a criança.
— O bebé nasceu no dia de Natal. É o nosso Menino Jesus.
A mãe olha para o homem e pergunta:
— Como é que o doutor se chama?
— Anton.
— António? Quer ser o padrinho? Vou pôr-lhe o seu nome.
As enfermeiras levam a rapariga e o bebé para a ambulância.
— Vão dar um passeio até à maternidade. Estão ambos óptimos.
— Manhã nós visitar! — exclama a garota.
Já passa da meia-noite. Pai e filha descem até ao patamar do primeiro andar. Na escada nunca há luz. Felizmente a gente do 112 usa lanternas... Mas, logo que o pessoal da ambulância se afasta, a escuridão instala-se. Às apalpadelas, o pai mete a chave na fechadura. Tropeça num embrulho.
— Que será? — espanta-se ele. — Esta é uma noite de surpresas.
Sobre o tapete de cairo está um embrulho enfeitado com um laçarote cor-de-rosa. Traz um bilhete preso com fita-cola.
Para uma fada loura.
com amizade
A menina abre-o. É um conjunto de canetas de ponta de feltro.
— O Pai Natal português não se esqueceu de ti — ri-se o médico.
— O Afonso é a única pessoa que me trata por fada — replica a Irina, um bocadinho corada.
Corre para o dicionário, passando as páginas até à número 159 e exclama, radiante:
OЗНАКА — fada
Depois, pega numa folha de papel e desenha, a amarelo, uma estrela a brilhar, a brilhar, a brilhar.
 
 
 
 
Luísa Ducla Soares
Há sempre uma estrela no Natal
Porto, Civilização Editora, 2006

Musaranho - diferente de mim ou nem por isso?

O musaranho-pigmeu (Suncus etruscus) é o menor mamífero de todos os não-voadores, tendo apenas 52 mm de comprimento e uma cauda de 30 mm. O musaranho-pigmeu costuma ser encontrado nos campos, florestas e vales da Europa mediterrânea e também na África. Quando chega a noite, o musaranho, que consegue comer em pouco tempo uma determinada quantidade maior que seu peso, caça insetos, aranhas, vermes e larvas. Acredita-se que se o musaranho ficasse mais de dez horas sem alimentação, morreria rapidamente.

Seus filhotes costumam nascer cegos e pelados, e tornam-se independentes em poucos dias. Os filhotes nascem de uma gestação de 3 a 4 semanas, menores que uma abelha.

De comportamento valente e agressivo, tendo 30 dentes afiados, o musaranho-pigmeu é solitário, e pode chegar à morte se ficar exporto à luz do dia por um longo período; por isso se abriga em pedras e raízes de árvores. Sua defesa contra predadores é expelir um cheiro forte da sua própria pele. Seu coração bate aproximadamente 1.200 vezes por minuto.




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Receitas caseiras

Nas minhas pesquisas diárias na internet encontrei estas receitas. Tenhode partilhar com todos. É tão fácil e tão ecológico que não vai ser difícil colocá-las em prática:

- Ambientador;
- Limpeza e desinfecção das superfícies de trabalho na cozinha.

Boas limpezas e que consigam ter uma casa bem cheirosa!

segunda-feira, dezembro 07, 2009

A França esteve bem representada no CEA...

... neste Domingo. Adorei conhecer a família Rodrigues!

Último compostor entregue

Este sábado foi entregue o último compostor aos nossos moradores em Lever:


Oficina de Natal 1

A nossa primeira oficina de Natal no CEA foi um verdadeiro sucesso!
Miúdos e graúdos e muitos resíduos à mistura. Vejam como foi:

Foram uns verdadeiros sobreviventes

Foi um último excelente dia para este curso.
Teve cozinha "selvagem" e tudo!




sexta-feira, dezembro 04, 2009

quinta-feira, dezembro 03, 2009

As couves galegas dão um ar da sua graça!

As sementeiras já estão a dar resultado!

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Visita à ETA

Mesmo debaixo de muita chuva, estes dois grupos aguentaram-se muito bem!


Penúltimo compostor

Aqui fica o registo fotográfico da entrega do penúltimo compostor:

 
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